Criar um Site Grátis Fantástico
O CINEMA SONORO

 

<img src="https://img.comunidades.net/ado/adorocinema/fotobasecimema3.jpg" border="0">

 

 A criação de FILMES SONOROS nos anos 1920 revoluciona o cinema mundial. Grandes estúdios se consolidam e consagram astros e estreIas em Hollywood. Os gêneros se multiplicam e o musical ganha destaque, ele se caracteriza por roteiros musicais que mesclam

 

<img src="https://img.comunidades.net/ado/adorocinema/fitaclassica4.jpg" border="0">

danças, cantos e músicas; no início dos filmes falados, os musicais sofrem grande influência do teatro. A música se tornou indispensável no cinema, para cada tipo de filme e cena um estilo musical. Os filmes foram se aperfeiçoando e inovando, criando vários tipos de gênero como romance, mistério, aventuras, comédia, policial, faroeste, histórico, musical, publicitário, desenho animado e documentá rios. Além dos chamados filmes de arte e filmes experimentais. Nos anos 1930, apesar de Hollywood concentrar a maior parte da produção cinematográfica mundial, alguns centros europeus como França, Alemanha e Rússia, produzem algumas obras. Hollywood vive seus anos de ouro em 1938 e 1939, surgem superproduções como “ ... E o vento levou” e “ “O morro dos ventos uivantes”; novos recursos técnicos possibilitam o desenvolvimento pleno de todos os gêneros. Desde a invenção do cinema já se experimentava em vários países a sincronização de imagem e som. Edison foi o primeiro a conseguir o milagre, mas os produtores não se interessaram de imediato: a sonorização implicaria a obsolescência de equipamentos, estúdios e obstáculos e salas de espetáculos, além de altíssirnos investimentos. Nos Estados Unidos, onde Griffith começara a perder o prestígio após dirigir Broken Blossoms (1919; O lírio partido) e Orphans of the Storm (1921;Órfãosda tempestade), a crise levava a falências e fusões de algumas produtoras e ao aparecimento de outras mais audaciosas. Hollywood crescia, o estrelismo era um fenômeno consagrado, com salários astronômicos pagos a atores e atrizes como William S. Hart, Lon Chaney e Gloria Swanson, mas nem sempre as receitas eram compensadoras. A expressão mais requintada do cinema mudo em suas diversas vertentes provinha de cineastas do nível de Cecil B. DeMille, com The Ten Commandments (1923; Os dez mandamentos) e King of Kings (1927; O rei dos reis); Henry King, com Tol'able David (1921; David, o caçula) e Stella Dallas (1925); King Vidor, com The Big Parade (1925; O grande desfile) e Crowd (l928; A turba); Erich Von Stroheim, com Foolisb Wives (1921; Esposas ingênuas), Greed (1924; Ouro e maldição) e The Merry Widow (1925; A viúva alegre), além de Ernst Lubitsch, James Cruze, Rex Ingram, Frank Borzage, Joseph Von Sternberg, Talsh e Maurice Tourneur. Todos eles contribuíam para o progresso estético do cinema, mas dependiam dos poderosos chefes de estúdio e das rendas da bilheteria. À beira da falência, os irmãos Warner apostaram seu futuro no arriscado sistema sonoro, e o êxito do mediocre mas curioso The Jazz Singer (1927; O cantor de jazz) consagrou o chamado "cinema falado”,logo cantado e dançado. Dos Estados Unidos, 0s fimes sonoros se estenderam por todo o mundo, em luta com a estética muda. O cinema se converteu num espetáculo visual e sonoro, destinado a um público maior, e passou a dar mais importância aos elementos narrativos, o que levou a arte ao realismo e à dramaticidade do dia-a-dia. Consolidado com obras como Hallelujah!(l929; Aleluiaf), de King Vidor, e Applause (1929; Aplauso) de Rouben Mamoulian, o cinema sonoro resistiu a crise econômica de grande depressão e gradativamente enriqueceu gêneros e estilos. Mas Charles Chaplin,opondo-se ao sistema sonoro, continuou a criar obras-primas à base de pantomima fílmica, como City Lights (1931:Luzes da cidade) e Modern Times (1936; Tempos modernos). Apesar da crise, Hollywood acreditou e investiu no país. A comédia, com Frank Capra, era a melhor representação do otimismo que sensibilizava os americanos, com obras aplaudidas como Mr. Deeds Goes to Town (1936; O galante Mr. Deeds), You Can't Take It With You (1938; Do mundo nada se leva) e Mr. Smith Goes to Washington (1939; A mulher faz o homem). Popularizaram-se também na década de 1930 os filmes de gângster, par a par com os westerns, que se aprirnoravarn e ganhavam enredos complexos. O problema do banditisrno urbano, questão social grave, foi abordado em filmes de impacto como Little Caesar(1930; Alma do lodo), de Mervyn Le Roy, The Public Enemy (1931; O inimigo público), de William Wellman, e Scarfoce (1932; Scarfoce, a vergonha de uma nação), de Howard Hawks, biografia disfarçada de AI Capone. Hollywood focalizou os heróis e vilões da saga da conquista do oeste em filmes de ação como Stagecoach (1939; No tempo das diligências) e muitos outros de John Ford; Raoul Walsh, que em 1930 já experimentava a película de setenta milímetros com The Big Trai! (A grande jornada); King Vidor, com Billy the Kid (1930; O vingador); e ainda William Wellman, Henry King, Cecil B. DeMille, Henry Hathaway e outros. Outras vertentes fluiram, como o musical de Busby Bcrkeley e a série dançante de Fred Astaire e Ginger Rogers; as comédias malucas e sofisticadas que consagraram Ernst Lubitsch, Leo McCarey, Howard Hawks, William Wellman, Gregory La Cava e George Cukor, além dos irmãos Marx, que dispensavam diretores; e os dramas de horror como Frankenstein (1931), de James Whale, Dracula (1931), de Tod Browning, Dr. Jekyll and Mr. Hyde (1932; O médico e o monstro), de Roubem Mamoulian, e The Mummy (1932; A múmia), de Karl Freund. Finalmente floresceu o melodrama, com torrentes de sentimentalismo, dilemas morais e supremacia feminina. William Wyler destacou-se como diretor romântico em Wuthering Heights (1939; O morro dos ventos uivantes). Dentre outros realizadores que revigoraram o gênero figura está o austríaco ]osef Von Sternberg, responsável pela transformação da atriz alemã Marlene Dietrich em mito e símbolo sexual. Mas o melodrama teve em Greta Garbo sua maior estrela e nos diretores John M. Stahl, Clarence Brown, Frank Borzage e Roberr Z. Leonard seus principais cultores. Realismo poético na França. A chegada do filme sonoro levou os diretores franceses a trocar a vanguarda experimental por uma estética naturalista, iniciada por René Clair com Sous les toits de Paris (1930; Sob os telhados de Paris). Clair criou um estilo próprio de comentar a realidade com melancolia em Million (1931; O milhão), À nous la liberté (1932; Viva a liberdade) e outras comédias. Maior naturalismo apresetava a obra de Jean Renoir, que desvendou com violência, ironia e compaixão as fraquezas humana, em Les Bas-fonds (1936; Bas-fonds), La Grande Illusion (1937; A grande ilusão) e La Regle du jeu (1939; A regra do jogo), estes últimos votados pela crítica como dois dos maiores filmes do mundo. O naturalismo e o realismo que dominaram a francesa na década de 1930 apresentavam personagens das classes populares em ambientes sórdidos, tratados com poesia e pessimismo. Os diretores que participaram com realce dessa fase foram Marcel Carné, Jacques Feyder Julien Duvivier, Pierre Chenal e Allegret. No âmbito populista, o maior nome foi de certo o de Marcel Pagnol. Outras escolas. Na Alemanha, o cinema sonoro firmou-se com ex-discípulos do expressionismo, como Fritz Lang, que fez M(1931; M, o vampiro de Düsseldorf). O nazismo coibiu a criatividade e policiou fortemente a produção. Na Inglaterra revelou-se um mestre do suspense, Alfred Hitchcock, que iria para os Estados Unidos em 1936. John Grierson e o brasileiro Alberto Cavalcanti, que se iniciara na França como cenógrafo, roteirista e diretor, desenvolveriam uma importante escola documental que focaliza os problemas sociais. Na Itália, apesar da censura fascista, que só incentivava aventuras históricas e melodramas inócuos, floresceu a comédia de costumes, uma tendência denominada" caligráfica" por suas características formalistas. Entre os títulos e autores desse períocdo destacaram Alessandro Blasetti, em Ettore Fieramosca (1938) e Un giorno nella vita (1946; Um dia na vida; Mario Camerini, com Gli uomini, che mescalzoni! (1932; Os homens, que velhacosl }; Goffredo Alessadrini, Mario Soldati, Amleto Palermi e outros . Na União Soviética, o culto da personalidade e o “realismo socialista" impostos pelo stalinismo não impediram o aparecimento de cineastas que fizeram o aparecimento de cineastas que fizeram filmes de bom nível. Exemplos foram Olga Preobrajenskaia, com Tikhii Don (1931; O Don silencioso), Nikolai Ekk, com o mundialmente famoso Putyova v jizn (1931; O caminho da vida), e Mark Donskoi, com Kak zakalyalas stal (1942; Assim foi temperado o aço).

<img src="https://img.comunidades.net/ado/adorocinema/fitaclassica6.jpg" border="0">